VIDA DE ESCRITOR
Vida de Escritor
Frequentemente nos assustamos com nós mesmos. Nós, os escritores.
Criamos mundos e fantasias, e pessoas, e situações. Mas sempre sonhamos muito, sonhamos demais.
De repente nos sentimos perdidos dentro de nossos próprios sonhos.
E quando caímos na realidade?! Que triste é nos sentirmos de volta à Terra...
Nós, os escritores, não fazemos parte deste tempo, nem deste mundo...
Vivemos longe, por vezes até alheios.
E nunca, por mais que nos esforcemos para tal, perdemos a capacidade de sonhar.
O sonho é nosso forte, a imaginação.
E com pesar percebemos que nem tudo é feito assim, com sonho, com amor...
Sentimo-nos seguros e senhores absolutos das vidas que criamos. Mas sentimo-nos completamente perdidos perante a nossa própria realidde.
E sabemos que não sobreviveremos, talvez nem mesmo nossas obras. Mas a criamos sempre com mais e mais amor.
O mundo nos parece por vezes estranho e distante. E nós, muitas vezes ( e isto quase sempre acontece quando mais necessitamos) sentimos como se nos tivessem puxado o tapete por sob os pés.
E não conseguimos encontrar alguém que nos ampare, embora a gente sempre crie alguém para amparar as nossas personagens.
Acho que estranhos somos nós, os escritores, não o mundo...
Eliete Ramos Pereira
Outubro/ 1984
Frequentemente nos assustamos com nós mesmos. Nós, os escritores.
Criamos mundos e fantasias, e pessoas, e situações. Mas sempre sonhamos muito, sonhamos demais.
De repente nos sentimos perdidos dentro de nossos próprios sonhos.
E quando caímos na realidade?! Que triste é nos sentirmos de volta à Terra...
Nós, os escritores, não fazemos parte deste tempo, nem deste mundo...
Vivemos longe, por vezes até alheios.
E nunca, por mais que nos esforcemos para tal, perdemos a capacidade de sonhar.
O sonho é nosso forte, a imaginação.
E com pesar percebemos que nem tudo é feito assim, com sonho, com amor...
Sentimo-nos seguros e senhores absolutos das vidas que criamos. Mas sentimo-nos completamente perdidos perante a nossa própria realidde.
E sabemos que não sobreviveremos, talvez nem mesmo nossas obras. Mas a criamos sempre com mais e mais amor.
O mundo nos parece por vezes estranho e distante. E nós, muitas vezes ( e isto quase sempre acontece quando mais necessitamos) sentimos como se nos tivessem puxado o tapete por sob os pés.
E não conseguimos encontrar alguém que nos ampare, embora a gente sempre crie alguém para amparar as nossas personagens.
Acho que estranhos somos nós, os escritores, não o mundo...
Eliete Ramos Pereira
Outubro/ 1984
1 Comments:
Eliete,
Se é verdade que vocação (vocare) é um "chamado" que vem de si mesmo e que se responde a si mesmo visando o bem do outro, então dá pra perceber o quanto você faz bem às pessoas que cuida ao exercer sua arte da escuta... do silêncio... e das palavras bem-ditas. Bom saber-se assim.
O que me encanta em sua "vida de escritora" é a humanidade que suas palavras des-velam, palavras que manifestam uma postura ética na vida, com a devida pitada de estética que faz tanto bem.
Continua escrevendo... e repartindo esta arte bonita.
Abraço grande.
Jorge
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