Ditos Escritos

A palavra escrita é a mais pura expressão do pensamento, ou melhor, de um sentimento... Escrever é mostrar-se, expor-se, colocar-se, marcar sua passagem pela vida... Este espaço é para quem, como eu, gosta de ler... e de escrever...

Sunday, December 17, 2006

ÂNSIA DE AMOR

ÂNSIA DE AMOR


Quem me dera despertar amor, amor em alguém, amor sincero...

Quem me dera ser amada agora, novamente; ser adorada, de novo, mais que sempre...

Arrastar alguém para o mais fundo despreendimento de tudo, de todos, só por me amar...

Amada, agora?! Não seria tarde?! Tomara que não!

Que bom seria sentir de novo essa sensação, que senti tão mal, tão apressadamente...

Despertar amor em alguém! Que alguém? Qualquer alguém...

Que bom! Que bom! Que sonho! Que ilusão!


Eliete Ramos Pereira
1984

Sunday, December 10, 2006

PAULISTA, 115


PAULISTA, 115


Centenária, cento e quinze
A mais paulista das avenidas...
A mais linda das paulistas...

Glamourosa, ergue-se majestosa no coração de Sampa...
Abrigando seus casarões e arranha-céus
Mesclando passado e contemporaneidade
Abrigando todas as raças, todas as diversidades...

Palco do desvelo da cultura brasileira...
Abriga Casa das Rosas, Masp e o Parque Trianon...

À noite, suas luzes iluminam a cidade, invadem o espaço,
misturam-se às estrelas do céu paulistano,
trazendo um espetáculo ímpar e deslumbrante pra quem vê...

Pulsante, é o cartão-postal da cidade que nunca adormece...

Centenária, cento e quinze
A mais paulista das avenidas...
A mais linda das paulistas...


Eliete Ramos
Dez/2006

Sunday, December 03, 2006

CÉU DE SOL

CÉU DE SOL

Esses dias de sol aquecem minha sensibilidade.
Sinto vontade de voar, de sair, de batalhar melhor minha vida.
Vontade de andar, de ver gente, de sair à toa, de passear, de curtir, de viver...
Esses dias lindos, ensolarados, me deixam por vezes entorpecida.

Sinto vontade de sair, de andar, de vagabundear mesmo. De não fazer nada sério. De ir até a cidade, de ouvir discos altos nas ruas, de lanchar num lugar descontraído, de ver meus câes na "Casa Orestes". De me sentir livre e solta.
De rever a rua Maria Paula, de relembrar, de sonhar, de esquecer, de viver.
Esses dias de sol me deixam até meio triste, por não poder fazer nada disso.

Acho que não nasci para estar muito tempo num só lugar, para viver muito tempo da mesma maneira. Isso às vezes me cansa, muitas vezes me cansa. E eu não sei ao certo o que fazer.

Nesses dias lindos de sol, que vontade sinto de voar...

Eliete Ramos Pereira
Novembro/84